Wednesday, December 14, 2005

Amigos (parte II - Desentendimentos)

Olá! Pois bem, a continuação.

Como disse antes, a amizade nunca desaparece, existe sempre potencial de existir, mesmo depois de sérios desentendimentos.
Um caso tão simples que tanto acontece quando somos mais pequenos:

"Zanguei-me com o meu melhor amigo. Ele foi um parvo e decidiu contar a toda a gente de quem eu gostava! Nunca mais volto a falar com ele!" -- A verdade, é que sim, sentimo-nos magoados, mas nesta idade, na idade em que tal coisa é um "sério" "problema", as coisas, muitas vezes, rapidamente se resolvem. Mas nem sempre é assim.

"Nunca mais me disse nada. Sou sempre eu que tenho de ir falar com ela, ela nunca vem ter comigo... e já tentei falar com ela, mas ela diz sempre que está tudo bem, mas não é verdade!"
Ou pior:

"Ele traíu-me: além de me ter mentido, de ter brincado e gozado comigo e, pior ainda, andar com a minha namorada ainda teve a lata de se fazer de ví­tima."


Bem realmente fui pegar em exemplos que realmente difícieis de argumentar e explicar como é que alguém pode sentir falta de uma pessoa que nos traí­u ou que não quer saber de nós...
Mas pensemos, ponham-se no lugar das pessoas dos exemplos, imaginem que as outras pessoa que vos fizeram mal eram os vossos maiores amigos, aqueles em quem mais confiavam. Imaginem que isso acontecia. Como reagiam depois de toda a raiva passar e depois de estarem de cabeça fria a pensar?
Uma aposta ia para "Nunca mais volto a falar com ele/ela!", mas também podemos ir pelo "Ele/ela foi um/uma estúpido/a... mas deixa lá, esta passa!". Claro que não são só estas duas as opções, existem mais, mas são meros exemplos que, como podem ver, podem ser completamente opostos.
A verdade é que independentemente da decisão que tomemos, uma coisa vem sempre: A saudade! O factor saudade é o possí­vel "ramo seco" da chama molhada a tentar (re)acender. Por alguma razão dizemos: "Vamos voltar a ser amigos, mas não será nunca a mesma coisa..." É claro que nunca vai ser! Nunca é! Se de um dia para o outro podemos ser amigos duma pessoa, também de um dia para o outro podemos deixar de o ser.
Pensem, nunca tiveram saudades dos tempos que passavam com os vossos maiores amigos? (eu sim...) Ainda hoje não se lembram disso? (procuro lembrar-me dos bons momentos...) E quando vão ler um diário ou algo assim parecido e relembram coisas que passaram juntos, não vos sai um sorriso parvo enquanto lêem? (então não...) Pois é... e depois ficam a pensar: "Mas que pena, era tão diferente nesta altura... isto não tinha acontecido, nem isto.... ai ai" e suspiram. Acho que isto deve ser tão comum que não é surpresa para ninguém dizer se isto.

A pergunta difí­cil é: valerá a pena desculpar? E depois disso perguntam-se: Mas, existe alguma coisa para desculpar? Ou será que foi mesmo estupidez de ambas as partes?
E quando é ao contrário? Quando é a outra parte que procura remediar o assunto, nunca pensaram: Finalmente! Estava a ver que nunca mais! Mas... Será que ele/a está a ser sincero/a??
Mas essas questões são tão pessoais... são tão individuais e subjectivas..! Como poderemos estar a "achar as possí­veis ideias" do outro?!

Quem lê isto pensa que foi por causa da Marta, a minha ex-melhor amiga, que escrevi este (ou estes) posts entitulados de amizades. NÃO É POR CAUSA dela, nem POR ELA que eu escrevo isto. Precisamente por ter escrito Amizades, é que abordo as várias nuances desta parte da nossa vida humana.
Enfim, texto pouco desenvolvido, mas um tanto ou quanto decente! (lol) Comentário são sempre aceites! :)

Obrigado